Cientistas conseguiram restabelecer a audição de ratos-do-deserto surdos usando células-tronco embrionárias, em um avanço que pode ajudar pessoas que sofrem de formas intratáveis de surdez causadas por dano ao nervo auditivo.
O protocolo proposto ainda precisa de mais testes para garantir sua segurança e efetividade, mas os pesquisadores declararam nesta quarta (12) que o experimento foi um importante passo, que marca um avanço no crescente campo da medicina regenerativa.
Marcelo Rivolta, da Universidade britânica de Sheffield e líder da pesquisa que será publicada no periódico "Nature", disse que "dentro de poucos anos" os primeiros pacientes poderiam receber a terapia celular para a perda de audição.
Após tratar com céluas-tronco 18 ratos-do-deserto com surdez total em um dos ouvidos, o resultado médio obtido foi de 46% de recuperação da função auditiva, de acordo com medidas realizadas por sinais elétricos nos cérebros dos animais.
"O que nós conseguimos demonstrar foi a recuperação funcional da audição utilizando células-tronco humanas, o que é inédito", declarou Rivolta.
Ratos-do-deserto foram selecionados para o experimento porque a sua amplitude auditiva é similar à humana, ao passo que camundongos --os mais usados-- escutam até frequências mais altas.
Os animais foram tornados surdos por meio de uma droga que destrói os nervos auditivos. Após isso, receberam uma injeção com cerca de 50 mil células-tronco embrionárias previamente tratadas para se tornarem células auditivas.
A surdez é causada, em primeiro lugar, pela perda de células ciliadas sensoriais do ouvido e dos nervos auditivos. Como essas células são criadas apenas no útero materno, não há meio de repará-las quando eleas sofrem danos, causando perda permanente da audição.
Rivolta diz que o tratamento com células-tronco seria usado inicialmente em pacientes com nervos danificados, embora possa ser usado em outros casos de doenças auditivas, combinado com outras terapias.
Apesar do otimismo, algumas incertezas persistem. Em particular, a capacidade de as células-tronco embrionárias transformarem-se em outros tipos de célula dentro do corpo pode gerar tumores - algo que não foi observado no experimento de 10 semanas com os roedores, mas Rivolta diz que há necessidade de estudos mais longos.
Outra preocupação é que células transplantadas sejam rejeitadas pelo sistema imunológico dos pacientes que as receberem.
Ralph Holme, da associação filantrópica "Ações Contra Perdas Auditivas", que contribuiu financeiramente com a pesquisa, diz que os resultados são "tremendamente encorajadores" e dão esperança de cura às doenças auditivas no futuro.
Fonte: Folha de São Paulo
O protocolo proposto ainda precisa de mais testes para garantir sua segurança e efetividade, mas os pesquisadores declararam nesta quarta (12) que o experimento foi um importante passo, que marca um avanço no crescente campo da medicina regenerativa.
Marcelo Rivolta, da Universidade britânica de Sheffield e líder da pesquisa que será publicada no periódico "Nature", disse que "dentro de poucos anos" os primeiros pacientes poderiam receber a terapia celular para a perda de audição.
Após tratar com céluas-tronco 18 ratos-do-deserto com surdez total em um dos ouvidos, o resultado médio obtido foi de 46% de recuperação da função auditiva, de acordo com medidas realizadas por sinais elétricos nos cérebros dos animais.
"O que nós conseguimos demonstrar foi a recuperação funcional da audição utilizando células-tronco humanas, o que é inédito", declarou Rivolta.
Ratos-do-deserto foram selecionados para o experimento porque a sua amplitude auditiva é similar à humana, ao passo que camundongos --os mais usados-- escutam até frequências mais altas.
Os animais foram tornados surdos por meio de uma droga que destrói os nervos auditivos. Após isso, receberam uma injeção com cerca de 50 mil células-tronco embrionárias previamente tratadas para se tornarem células auditivas.
A surdez é causada, em primeiro lugar, pela perda de células ciliadas sensoriais do ouvido e dos nervos auditivos. Como essas células são criadas apenas no útero materno, não há meio de repará-las quando eleas sofrem danos, causando perda permanente da audição.
Rivolta diz que o tratamento com células-tronco seria usado inicialmente em pacientes com nervos danificados, embora possa ser usado em outros casos de doenças auditivas, combinado com outras terapias.
Apesar do otimismo, algumas incertezas persistem. Em particular, a capacidade de as células-tronco embrionárias transformarem-se em outros tipos de célula dentro do corpo pode gerar tumores - algo que não foi observado no experimento de 10 semanas com os roedores, mas Rivolta diz que há necessidade de estudos mais longos.
Outra preocupação é que células transplantadas sejam rejeitadas pelo sistema imunológico dos pacientes que as receberem.
Ralph Holme, da associação filantrópica "Ações Contra Perdas Auditivas", que contribuiu financeiramente com a pesquisa, diz que os resultados são "tremendamente encorajadores" e dão esperança de cura às doenças auditivas no futuro.
Fonte: Folha de São Paulo
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